Aquele amor...


A gente era aquele casal que brigava por tudo, mais não se separava por nada, falando assim soa até clichê, mais não é. Eramos aquele casal que topava qualquer parada, que a cada palavrão era um beijo, cada tapa que terminava na cama, a gente eramos o casal 20, aquele que em qualquer lugar que a gente chegava eles falavam - Esses foram feitos um para o outro. Um intendia a malandragem do outro, um amava o jeito do outro, falando assim parecíamos o casal perfeito mais não era,nem tudo é o que parece ser. Eu me sentia frustada por não dar conta de por um fim em um romance tão dolorido, eu dormir culpada por me magoar tanto, por me fazer sofrer tanto... mais era uma dor boa, dizia a todos que me perguntavam. Ficava fuzilando a minha mente com esse amor doentio,morria de ciúmes mesmo sabendo que ele tinha uma placa invisível de todo tamanho na testa " propriedade da Melissa" mais mesmo assim me sentia insegura, brigava por qualquer motivo banal, as vezes, por coisas tão insignificantes, as vezes, por coisas graves, que me machucavam. Nós eramos cúmplices, eu sabia cada segredo dele e ele os meus, ao menos quase todos. Algumas vezes me machuquei de tanto esperar alguma coisa de um amor desses.Eu era a parte sensata de ambas as partes, eu queria casa, filhos, um amor igual de cinema. Ele era diferente, ele em alguma parte de seu subconsciente podia até querer algumas dessas coisas, mais não agora, ele queria dinheiro, bebida, curtir, viajar,outras prioridades muito diferentes das minhas.

Eu era de momentos,alguns momentos não o suportava, em outros era até chato de tanto que eu falava que o amava, era bipolar em relação a ele, mudava de opinião muito fácil, qualquer fofoca era motivo pra mim ir lá igual onça, tirar satisfação. ele me segurava com aquele jeito dele, muitas vezes mereci alguns tapas de tão louca que era minha alucinações. Sabia que ele nunca faze ria aquilo e eu continuava torturando a minha mente imaginando que ele fazia, acho que isso deve ser alguma sequela de tanto "amor tortura", de tantos enganos nessa vida, de tantos amores fracassados, e eu sempre achando que a errada era eu, que eu não fazia certo, que eu era magra demais,esquisita demais... tudo demais... Mais era mesmo demais para esses babacas, em algum outro post falarei deles,mais agora falo "daquele amor", aquele amor patético que a gente pensa que viveu varias vidas passadas juntos porque a pessoa conhece a gente do dedão do pé até o ultimo fio de cabelo, até parece que a pessoa tem um manual de instruções, faça aquilo... não faça isso... e assim vai. Era aquele amor sobrenatural, que me deixava cheia de hematomas mais que eu gostava, e ainda tinha a cara de pau de falar que tinha machucado em algum lugar. Era difícil pra mim aceitar isso, mais ele era assim. So que no fundo, bem no fundo, eu sentia que ele me amava e isso bastava. !

 
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